Sumi durante todo mês pois estava focada ( e estressada) com a faculdade.

O mês de junho foi um mês assustador que eu tinha entrega ou prova toda semana. Uma coisa que é chata e boa ao mesmo tempo, é que na minha faculdade eu só tenho trabalho acadêmico. Não são projetos - coisa que eu sinto muita falta de realizar - mas cansam do mesmo jeito e normas ABNT e configurar o word sempre me dão dor de cabeça. Mas comparado a projetos são menos frustantes no final.

Na apresentação e entrega mais esperada eu chorei depois da avaliação da professora chamar todo o meu grupo de preguiçoso. Muita gente disse que ela não estava falando especificamente de mim, mas que ela acabou comigo e com a confiança das minhas amigas de grupo, ela acabou sim. Tudo isso porque ela e uma outra integrante do grupo, que me deu umas dores de cabeça, não se davam bem, ela resolveu que seria mais cruel com o nosso grupo comparado ao resto. Justo? Não.

Minhas médias ficaram... na média. Eu acho. Para um curso que eu nem esperava fazer é bom, né?

Meu problema agora é: melhor minha escrita, pois aparentemente eu não sei fazer uma introdução e a conclusão. Eu nenhum dos meus professores, até agora, passaram como fazer uma introdução de trabalho acadêmico, apesar de eu ter uma vaga ideia do é esperado. As vezes esse curso me faz usar mais a minha dedução para algumas coisas que eu não acho que deveria ser dedutivo.

E eu preciso muito arrumar um estágio, não só pelo dinheiro, mas para ver se eu gosto da área. Como é têxtil e moda, eu posso tanto ir para a industria têxtil quanto para a de moda. Gostaria muito de trabalhar com pesquisa de tendencias, coolhunting (a profissão dos sonhos atualmente) ou até com fabricação de tecidos mas eu só saberei tentando.

Claro que meu sonho é ser fotografa de moda, mas as vezes parece tão distante, tão só um sonho. Eu nem sei por onde começar, as vezes penso que eu só sirvo para fotografia de rua ( que eu amo alias) e tirar umas fotinhas dos migues e da familia.

Também preciso de dinheiro para visitar meus amigos de outras cidades, nem que seja só por 2 dias mesmo. E melhorar a minha aparência, já que no mercado de trabalho ( como detesto isso), sua aparência conta muito.

Gostaria muito de ter feito várias leituras durante esse primeiro semestre, mas o máximo que eu cheguei foram 5 leituras, contando com Hq's e um livro para a faculdade. Queria de ter lido 4 livros por mês mas acho que foi só 1 mesmo. Entretanto em  julho estou focada em fazer leitura do máximo de livros que eu conseguir.

É isso. Foi isso. É.

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Bem, eu tentei fazer um desenho de moda e acho que essa é a primeira tentativa em anos. Muitos anos. Nunca fui de desenhar ou tentar desenhar roupas.

Acho que está até que bonzinho para um rascunho de alguém sem habilidade e paciência ( um dos males do nosso tempo).

Bem, espero que um dia eu compartilhe algo mais decente com vocês. Até mais.

É o que eu sou. É o que eu tento não ser, e aí falho miseravelmente e sou. Ser mediano é nunca chamar atenção. É não ter aquela luz que ilumina a trai à todos mas também é capaz de ter amigos. Mediano é o comum. É o alelo x em todos os seres humanos. E é chato. Eu não sou uma pessoa marcante. As pessoas vivem a esquecer meu nome, vivem a não lembrar meu rosto e perguntar: você sempre esteve aqui? E na situação seguinte repetir a pergunta.

Mas eu sou ambiciosa. Tenho ascendente em leão. Eu, apesar de não saber lidar com eles, desejo os holofotes. Desejo o destaque e o reconhecimento por alguma coisa em que eu sou boa. E isso me aborrece. E este é o jeito que eu levo a minha vida desde sempre...
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A faculdade está cansativa. Não tenho aulas favoritas, tenho aulas que eu suporto mais que outras. A faculdade não parece suprir e me inspirar. Não há projetos, há uma tentativa de academia. E bem, eu não gosto tanto da academia assim. Acho que o grande problema consiste no idealismo da faculdade sobre seus alunos versos o idealismo dos alunos sobre o que eles querem da vida. E aí que a faculdade espera formar profissionais e também alguns pesquisadores. E os alunos querem ser a)ricos; b)ter uma profissão glamourosa c) terminar o curso. E as vezes nada disso se cruza.

Eu me sinto cansada demais para realizar projetos não ligados a faculdade. Tem tanto trabalho e é as aulas são tão cansativas, que na sexta feira eu estou estressada, achando que vou morrer. Então eu sou mediana e tento cumprir as tarefas propostas pelos professores. Depois saio correndo para pegar meu ônibus.

Também não tenho forças para discutir com professores ou simplesmente questionar alguma nota. Está na média, está ótimo. Não vou conseguir o programa de intercambio, mas termino a faculdade no tempo esperado.

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Outro dia minha amiga veio com uns papos sobre um ex dela que ela reencontrou e que ela sente que ainda rola algo entre eles. E que ele parecia querer mandar indireta para ela postando músicas antigas que tinham a ver com eles. Aí ela perguntou aquela velha história sobre músicas ligadas a pessoas. E eu respondi que era uma péssima ideia ligar ex namoradxs com músicas boas. Mas ela insistiu e eu acabei falando que não tinha nada que lembrava o ultimo garoto por que eu senti algo além das velhas e boas músicas de coração partido que toca em rádios depois da meia noite.

Mas eu comecei a pensar sobre esse fato. E sobre o fato que eu estranhamente um pouco obcecada com o rob, o guitarrista da Florence + The machine. E por acaso, tentando deletar o email de várias pessoas da conta gmail que eu tinha por causa do orkut ( saudades),eu vi a foto daquele garoto. E ele e rob tem algumas semelhanças físicas apesar do rob ser muito mais muito superior ( e não deve ser evagélico, homofóbico e mais inseguro que eu) que toca junto com a Florence. E o garoto só tocava sua guitarra nas fotos do orkut mesmo.

Bem, tudo isso para eu chegar a conclusão que a a gente acaba gostando de coisas que a gente já gostou um dia. Tipo aquelas pessoas que sempre arranjam namorados que parecem clones. Ou como as pessoas acabam tendo mais facilmente relacionamentos duradouras quando as famílias de ambos são parecidas. Sabe?


Eu sempre fui uma menina magricela. Muito magricela. Até que como que com mágica minhas coxas engordaram para a surpresa da minha mãe e de toda a família. E eu acabei não gostando do que hormônios haviam feito com meu corpo por um bom tempo. A altura muito acima da média eu já não tinha o que fazer do que aceitar e enfrentar as outras meninas sobre eu não ter culpa delas serem baixas. Mas aquelas coxas...

O tempo passou e eu fiquei vestindo o numero 40 por muitos anos. Muitos anos mesmo: tenho calças de 2009 que até o ano passado ficavam até larguinhas. Mas apesar disso, eu ainda estou dentro dessa sociedade, ainda vejo tv, revistas, propagandas em todos lugares. Eu ainda me olho no espelho e penso "eu poderia emagrecer um pouco". Eu realmente tendo a abandonar essas ideias rapidamente já que sou uma preguiçosa e prática ( acredito que praticidade, conforto e preguiça são melhores amigas) e porque somente minha mãe pega um pouco no meu pé.

Mas cá estou eu pensando como estou gorda, desde que o 42 está apertado demais. Me sentindo um pouco mais horrível quanto a minha aparência. Achando que só ficaria bonita em tal roupa se eu emagrecesse. É horrível. E eu, que já tentei ser militante feminista, que prego ideias de ame seu corpo, não consigo me livrar disso.

Estar cursando um curso que tem moda também não ajuda. Qualquer aula, apesar de serem somente 2 ou 3 na grade, de moda logo fala sobre ser magra. Logo elogia tal pessoa magricela. Um dos elogios, que eu faço mais como comentário impressionado, é de uma mina da sala super magra mesmo depois de ter uma filhinha a menos de 2/3 anos atrás. Ou como a cintura de tal menina é super fina e isso é maravilhoso. Mas há uma certa educação e sororidade em não comentar se tal menina é gorda, ou acima do peso, ou se tem algum defeito. É claro que nos detalhes percebemos tudo no não dizer.

No final, não tem como escapar dessas coisas completamente. Num momento de baixa guarda, o pensamento aparece, um comentário não é ignorado e estou mau.



Esse é o mês de avaliações na faculdade. E estou seriamente preocupada com minhas notas. Confesso que não estudei para nenhuma das avaliações e preciso fazer um esforço bem grande para estudar para uma das matérias mais difficiles do currículo.

Acho que o fato que eu não estudo para uma prova que não seja o vestibular faz 4 anos contribui. Não que eu fosse de estudar para provas no ensino médio. Eu só prestava atenção nas aulas e as vezes revisa meio sem querer algum conteúdo em casa. Tipo quando eu não conseguia copiar toda a matéria da aula e tinha que terminar ou refazer em casa. Fora isso, nada. Minha nerdeza só era um mito que carrego até hoje.

Já procurei na internet sobre como estudar mas tudo o que eu acho é em inglês para escolas norte-americanas ou inglesas ou brasileiro escrevendo sobre vestibular em inglês. E aí eu fico confusa e desanimada ao final. Eu só quero estudar e tirar um ponto acima da média, só isso.

Além para provas, eu preciso estudar para entender as matérias nos próximos semestres. Se eu não entender o basicão hoje, eu terei que entender em menos tempo no próximo semestre. Se alguém tiver uma boa dica de estudo, que não seja para o vestibular, por favor, me avise.

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Faltei duas vezes na aula de costura: semana passada e essa. Eu só posso faltar 3 vezes e aula é dada por uma aluna veterana. O meu problema nem é com a aula, mas no fato que na maior parte da aula parece que ela me detesta,e eu não duvidaria já que ela já explanou sobre a treta que teve com o povo do meu curso semestre passado, mas também porque não é a única treta que ela tem. Ela é legal, mas ela e a outra menina que faz um projeto com ela são muito especiais comparado ao resto das salas. Ok, que eu posso ter ouvido demais porque sou do tipo de pessoa que é esquecida pelos outros de tão quieta que eu posso ficar. Mas é desconfortável conviver, nem que seja só por horas, com pessoas que sempre acham que estão sendo invejadas ou que tudo tem a ver com elas.

Isso me lembrou alguns membros da minha própria sala. Um grupo que solta risadas altas do nada logo após cochichar algo. Um grupo que a maioria dos membros não conversa com quase ninguém além da sala.Que você os pega te olhando e desviando o olhar. Não é legal essa sensação de ser vigiada, de ser um palhaço prestes a fazer seu grande número.

Por que as pessoas tem ás vezes uma aura tão pesada e vampiresca?


Essa frase eu tenho ouvido com frequência ultimamente. Estou conhecendo alguém que também tem interesse em trabalhar em algo que ela supõe que eu também tenho interesse e por algum motivo quando a pessoa olha para minha cara no meio de uma conversa trivial inicia " Não quero te desanimar mas..." e lá vem um tipo de sermão. Para mim. Pois claramente eu sou uma avoada que não tem noção de nada, apesar dela não me conhecer. E isso me irrita.

Irrita o fato que o "conselho desanimador" ser dado por pessoas que mal falaram comigo. Que não me deixaram me expressar por completo, que não tem ideia dos meus planos ou o fato que as vezes eu não tenho um, enfim desconhecidos. E como eu não quero ser grosseira, eu só concordo balançando a cabeça ou com um 'é..."

A última vez foi ontem durante uma oficina de fotografia, onde a palestrante me deu o conselho mas óbvio do mundo sobre como é muito difícil se destacar a menos que você tenha contatos ou tenha nascido em berço de ouro. E eu não soube o que falar de volta para ela, porque olha, principalmente no Brasil, isso é quase uma regra dentro da comunidade comercial-criativa. 

Mas essas pessoas olham para mim e pensam que eu não sei no que estou me metendo. E estão certas. Mas eu sei algumas coisas sobre nossa sociedade. Além do mais é muito grosseiro esse tipo de conselho para desconhecidos ou recém conhecidos.

Eu ando me irritando porque ando ouvindo com muita frequência mas e as pessoas que levam a sério esses conselhos?  Por que desanimar alguém que mal começou? Não acho que é seja com boas intenções. Me desculpe, mas não é. O que está por trás desses conselhos desanimadores é a crença que o outro não tem qualificações. É a prepotência. É um julgamento muito rápido com sentimento de pena.

Então eu peço que quem ler esse texto pense antes de começar essa frase "não quero te desanimar mas.." ou qualquer variante. Se conhece alguém novo, deixe a pessoa estar. Guarde seus conselhos para amigos ou conhecidos a mais tempo. Não para pessoas que mal conhece.

Outro dia, acho que domingo, eu resolvi reabrir minha página de fotografia. Aí procurando por ela, lembrei que deletei. Ok, fiz outra e dessa vez convidei todas as pessoas que tenho adicionadas no meu facebook ( me recuso a chamar de amigo), o que não é muito mas já alguma coisa. Entretanto, apesar de lutar arduamente contra o sentimento de vergonha e aquela coisa "a grama do vizinho é sempre mais verde", eles existem. E talvez sejam os culpados por evitar expor como fotografa.

Pois primeiro vamos encarar alguns fatos:

  1. Eu não tenho um portfólio de trabalhos.
    O que eu tenho são fotos tiradas da minha família e amigos.
  2. Eu não tenho um pós produção descente.
    E pós produção é necessário para comercializar um trabalho.
  3. As fotos que eu tenho nem são boas assim
  4. Além dos meus amigos mais ninguém me acha uma boa fotografa.
    Eu sei que Tai e Gi consideram minhas fotos carregadas de sentimento e da minha personalidade mas para comercializar preciso de técnica e para fineart também.
  5. Ok, para comercializar precisa de basicão e tá bom.
Mas no domingo quando impulsivamente - eu sou um pouco assim - criei a página, a única pergunta que se passava na minha cabeça era: Por que não?
Com esse ato eu meio que estou me forçando a fazer algo e parar de só pensar e planejar mas fazer algo.

Entretanto quando eu olho para outros fotógrafos e me sinto uma idiota. Eu fico: será que eu consigo fazer fotos tão boas quanto essas ? Será que se eu tivesse equipamentos melhores, minhas fotos seriam melhores? Ou será que o problema sou eu? E eu não tive a mesma educação dessas pessoas? 

Sem contar o fato que eu tenho dúvidas se deveria colocar meu nome completo (ou quase) + photography/fotografia no nome da página ou o nome que eu coloquei. 

ai ai ai, vamos ver onde isso acaba... 

Eu amava Hey Arnold! para mim é um dos melhores desenhos já feitos. Gostava tanto que cheguei a adaptar alguns episódios para mini peças das aulas de artes na escola. Gostava tanto que já shippava sem saber o que era isso. Para mim a construção dos personagens é algo muito maduro. Há muitas séries para adultos que não tem personagens tão complexos e enredos tão bons como daquele desenho. Uma das personagens que mais chama atenção é Helga, a menina durona e má educada apaixonada - secretamente - por Arnold. Se numa primeira olhada ela é só era a menina macho que implicava com tudo, mais alguns minutos já mostram sua complexidade: seu lado sensível que toma forma de poemas para seu amor platônico que ela despreza.

Nós acabamos conhecendo Helga durante as temporadas. Sua família é bem real e 'tradicional classe média', uma crítica aos que defendem somente a 'família tradicional' já que Arnold é criado pelos avós em uma pensão e, ao contrário de Helga, é uma criança doce e bem educada. Apesar de ter mãe, pai e irmã Helga é fechada e agressiva e com o passar dos episódios descobrimos porque: seus pais são ausentes,o pai só pensa no trabalho e sua mãe parece sofrer de depressão e é incapaz de cuidar da casa e de Helga. Sua família a compara o tempo todo com Olga, irmã mais velha que recebe toda a atenção deles e ainda é considerada linda, popular e doce.


Helga é alguém neglicenciada pela própria família. Sensível demais ela cria um escudo onde não é importante que liguem para ela.As únicas pessoas que parecem notar que há nela algo escondido dentro daquela casca dura são seu professor, sua bff e sua irmã - mas somente após entrar na faculdade de pedagogia e aprender sobre crianças em casas desfuncionais - nem mesmo Arnold, o bondoso herói da série, é capaz de perceber a verdadeira personalidade de Helga. Ela não é desenhada como uma menina bonita: é mais alta, tem uma mono sobrancelha e um corte de cabelo esquisito. E é bully, agressiva apesar de muito inteligente e passa boa parte dos episódios arrumando briga com as pessoas.

Helga se tornou uma personagem bem popular. Ela não é a pessoa mais tranquila de se conviver ou adorável, mas é fácil se identificar com ela. Muito fácil. Não somente por não ser correspondida pelo garoto bonitinho e simpático da escola, talvez seja por sermos ignoradas, diminuídas, tidas como loucas quando não nos encaixamos dentro do padrão do que deveria ser uma garota. Comparadas sempre com outras garotas sem nunca reconhecerem as outras qualidades que nos destacam.


Acho que na postagem anterior eu estava bem otimista, nénom? Bem, mas o país está em crise e aí acontece uma coisa engraçada: às vezes a sua famímia e você está em crise mas o resto do mundo está ótimo, de vento em polpa, mas quando o contrário acontece, bem sua família é afetada.

E é isso o que está acontecendo exatamente agora. As empresas, as grandes, internacionais estão fechando na cidade. Não há nem vagas direito nos jornais. No começo eu realmente acreditei que as pessoas estavam fazendo crise - um pouco - da própria cabeça. Mas agora não. A crise é real agora e ninguém contrata ninguém porque está em crise e ninguém faz alguma coisa porque é crise. Essa crise é um banco de areia movediça mas eu não entendo de economia para falar com propriedade sobre isso.

Eu pretendo arrumar um estágio apesar que o meu currículo é um dos piores, principalmente porque eu preciso de um novo computador, um com um bom processador e placa de vídeo. Esse que eu uso, uma das teclas Shift pifou e está difícil me acostumar a digitar sem ela.

Na faculdade eu estou mais próxima das pessoas da minha sala mas elas ainda estão na fase de contar em quantas pessoas você já deu uns beijos. Pessoalmente esse tipo de papo é bem desinteressante quando é assexual ( esse papo eu deixo para outro dia ) e também quanto você tem mais que 16 anos e suas amigas estão planejando noivados ou elas nem fazem questão dessa conta. Entretanto há uma certa inocência, uma certa ignorância nesse tipo de papo que quando vai embora não volta mais. 

Existe um certo lugar confortável na faculdade: eu conheço o tipo de pessoas que lá frequentam. E há nisso também um desconforto: eu não me encaixo. Minhas ideias são mais liberais mas minha aparência não é tão cool e it para eu ser admirada pelo meu visual. E eu sei que eu tenho que cortar meus cabelos mas fazem 2 anos que estou com preguiça de ter que aguentar o papo da cabeleireira e eu sei que poderia me vestir com um pouco de personalidade também, mas de novo: preguiça ter que levantar horas antes para agradar outras pessoas.


Eu não sei o que estou fazendo da vida. De verdade.

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Agora faz quase 2 meses que eu comecei o curso da faculdade. Penso agora que se eu não tivesse dado de cara com as portas fechadas tantas vezes, talvez agora não tentasse dar o meu melhor.

Eu preciso confessar que eu nunca planejei fazer moda e achei muito feia a faculdade que agora eu até acho uma gracinha. Eu, apesar de morar bem perto, nunca havia posto os pés lá e o primeiro contato não foi dos melhores. E antes eu nunca conheci ninguém que de fato preferiu fazer ela. Vou ser mais clara: Não é o sonho de ninguém por aqui. Para minha surpresa ela não é tão ruim e em alguns aspectos tão boa quanto qualquer outra faculdade no estado. Agora o curso...

O curso, bem, o curso está em implementação. Isso quer dizer que se eu terminar o curso no tempo previsto, serei a segunda turma de formandos na graduação de Têxtil e Moda. Entende meu receio? Curso novo demais, recém nascido. Os empregadores não conhecem, as outras pessoas nem tem ideia que a faculdade existe na cidade.

Mas eu estou bem. Sinto que faço algo da vida, além das aulas , eu faço os cursos de extensão onde estou aprendendo a costurar com máquina e a a modelar. Eu abaixei a cabeça - não no sentido ruim - pois meses atrás quando uma vizinha se ofereceu para me ensinar a ser costureira eu me senti muito insultada. MUITO. Sentia que eu não tinha futuro e virar costureira era a confirmação que eu não podia fazer faculdade, que eu não era tão boa quanto aquele bando de gente classe média que eu convivi durante 14 anos. Preconceito? Sim. Mas as coisas mudam

As instrutoras dos cursos são 2 alunas. Uma delas foi costureira durante 20 anos, aí resolveu terminar o ensino médio e logo depois entrou no curso de produção têxtil. Já trabalhou em chão de fábrica mas hoje vai a congressos têxteis e ano que vai para Europa fazer mestrado. Não é uma história maravilhosa?

Fazer essa faculdade, como já disse, não era o que eu planejava. Nem o que eu sonhei alguma vez. Provavelmente não serei estilista. Ainda não sei. Porém agora a vida parece andar. A situação do país não é das melhores, ainda não tenho dinheiro e a situação financeira em casa também está sofrida, mas eu me sinto bem. Eu tenho um plano agora.


Modelo da foto: Maggie Chan -  foto: Bruna Moreira

Apesar de tudo eu consegui terminar esse projeto. Meu projeto não tinha muita regra além da básica: postar 1 foto toda semana por 52 semanas. Eu usei quase todas as câmeras que eu tinha disponível.
Me envergonho por não ter colocado um tema ou qualquer padrão fotografico. Vendo as fotos vocês conseguem perceber que houve semanas que eu estava obcecada por preto e branco ou colagem ou fotos tiradas com o celular.

52 WEEKS 2015-2016

Fico orgulhosa de terminar um projeto apesar de ser difícil pois há semanas que passam tão rápido. Porém no meu caso eu tinha a facilidade de não ter um tema ou algum padrão.

Foi isso

Eu fiz isso há uns 2 anos, eu acho. Queria fazer um agrado para quem entra aqui no blog e lê as trouxisses que eu escrevo. Ai tentei ser designer mas parecia que eu tinha feito no paint. De qualquer modo agora eu não tenho mais vergonha dessas coisas e eu espero que você goste.

rococó

fairy and gold hearts

moderninho handmade
é só clicar e baixar. Depois espero que você imprima e use para mandar cartinhas para alguém!

Quando eu tinha 17 anos e comecei de fato me importar com o que eu faria da minha vida, eu queria ser algo grande. Primeiro entrar em uma grande faculdade, aí faria um estágio muito bom e então teria um emprego que me pagaria bem. Parece chato mas parecia o mais certo e seguro.

Quando eu fazia cursinho, eu só queria entrar na faculdade e aí eu teria meu próprio espaço e depois tudo seria mais fácil. Eu nem pensava que teria mesmo MESMO que estudar durante os 4 anos da faculdade.

Quando eu não passei na faculdade, eu só pensava em entrar na faculdade e tentava me convencer que aquilo era o meu grande sonho e ao mesmo tempo não era. Mesmo que eu não tivesse mais nenhum objetivo e não aceitasse procurar emprego comuns, como de vendedora e atendente.

Nessa mesma época eu acreditava que se eu tivesse um emprego como de vendedora ou atendente, eu seria aquilo para o resto da minha vida e nunca faria faculdade. Hoje eu acho que mesmo com faculdade, é esse tipo de emprego que eu terei.

Durante todos esses anos desde que eu terminei o ensino médio eu nunca pensei em aposentadoria. Ou fgts. Ou poupança. Eu acreditava que eu teria um bom emprego que me daria uma boa aposentadoria e que seria algo tão legal que eu trabalharia até os 70 anos com prazer.

Eu ainda acredito que se eu me esforçar eu consigo fazer um bom trabalho. Não importa o que seja. Ok, talvez não dança. Mas hoje eu também sei que, ás vezes, o meu melhor não é nem bom se comparado ao de outras pessoas.

Feliz Março.




imagem auto explicativa 
 Existe um grande problema de ser introvertida. Um problema maior do que acabar isolada ou ser conhecida como a muda do lugar frequentado. O problema é ser alvo dos grupos já formados.

E você pode falar: deve ser paranoia sua. E eu direi: sim, minha insegurança e imaginação fertil podem estar catalizando o processo mas a situação existe. Grupos sempre precisam de um Judas. Alguém estranho, conhecido mas temido porque ninguém do grupo decifra qualé do sujeito, e ao mesmo tempo desprezado por ser exatamente quem ele é.

E aí você diz: mas você, com mais de 20 anos nas costas está com medo de bullying? Sim e não. É que eu não quero ser Judas. Eu prefiro passar sendo um fantasma que ninguém lembra, o que pode ser triste, do que ter meu nome e ser como assunto em rodinhas de deboche. Porque eu sou introvertida, então eu demoro para fazer amigos mas se eu viro alvo eu não consigo fazer nenhum amigo. E apesar de tudo, eu sempre quero fazer amizades e conhecer pessoas interessantes ( para mim, claro).

Eu sei que eu não sou a pessoa mais interessante do mundo, mas é que eu preciso confiar nas pessoas que elas não irão me levar a sério em alguns momentos. E que vão entender quando eu estiver falando sério e de coisas "sérias" com humor e sem preocupação sobre terminologias ou grandes discussão ideológicas e de processo. Não quero ser judas, não quero passar 3 anos desconfiando de todo mundo...




*ADVERTÊNCIA: O OTP NÃO É UM BOM MOTIVO PARA VOCÊ ASSISTIR ESSA SÉRIE. VOCÊ DEVE ASSISTIR ESSA SÉRIE PORQUE ELA É MUITO BOA E LOUCA. ETS.*


Estou assistindo Arquivo X, por indicação da Lo. Uma série sobre ets e coisas estranhas com base em casos sem solução do FBI. A época da produção é a mesma da série: começa e 1993 e vai até 2002. Quem cuida desses casos é o Agente Mulder e a agente Scully, o crédulo e a cética. Sendo assim uma das coisas mais legais é o relacionamento entre os dois agentes principais: Mulder e Scully. Sem nenhum spoiler o que eu posso dizer é que existe 2 duplas: a criada pelos roteiristas e a dupla recriada pelos atores. Dá para sentir a diferença.

A dupla criada pelos roteiristas é uma dupla de irmãos. Desde começo. Scully é a irmã mais nova do Mulder. Ele irrita ela, ela o acha bobo e esquisito. A diferença entre eles é entre 5 e 10 anos, eu não consigo me lembrar bem a data de aniversário deles e não vou pesquisar agora. Mas deve ser isso. Várias coisas que acontecem com a irmã de Mulder, acontece à Scully. Ele lembra o pai dela. Ela tenta sempre corresponder as expectativas dele e o socorre a todo momento. Ela é colocada como mãezona e tem dilemas quanto a maternidade desde o começo da série.

Mas uma coisa são os personagens na mente de escritores. Alguns chegam até interpreta-los mas assim que você pede para um ator tomar vida para aquele ser que somente existe nas páginas ou numa bloco de notas, tudo muda. O ator dá características próprias ao personagem, são tantas que é desse jeito que muitos identificam bons atores: lhe dão papeis clássicos que milhões já interpretaram, assim existe um ponto em comum, um ponto avaliador. O que acontece é que quando Mulder e Scully foram interpretados por David e Gillian e  principalmente quando os dois interagiram algo novo apareceu. Uma química inesperada entre os atores, dando uma tensão sexual não existente nas páginas do roteiro. Apesar dos criadores,aka: criador da série, produtores e roteiristas, ao longo de temporadas tentarem conter e manter o romance em algo platônico, os próprios fãs aumentaram ela e o pessoal do marketing adorou.

Como eu, ás vezes, estudo roteiro, eu fico tentando acertar o que é parte dele e o que saiu para além dele. O romance entre os agentes foi algo que saiu do controle do criador da série. Talvez seja o fato que ambos atores sejam charmosos e quando sorriem fiquem tão lindinhos. Talvez os criadores não perceberam que não deixaram claro o relacionamento de broderagem e só broderagem entre os dois. Ou eles só desejavam manter a série focada em ovnis, conspirações e dois detetives sérios e competentes focados em seu trabalho.

Mas não dá para negar que o amor/quimica entre Scully e Mulder dá algo mágico na série e que bom que os roteiristas se cansaram, apesar de até hoje o criador afirmar que eles tiveram um romance platônico durante toda a série.

Eu não sei se o romance entre eles existiram fora de toda a mitologia da série. Eles tem personalidades diferentes e os perigos fez com que eles se aproximassem. A verdade é que eles não tem muita inteligencia emocional e se tem, eles tentaram manter tudo sempre dentro dos limites permitidos pela agência.  Há também muitos detalhes não bem expostos durante toda a série que leva o proprio romance a se tornar uma teoria de conspiração, romântica, mas ainda uma teoria da conspiração.

Para começo desde sempre aparecia algum mina muito mais gostosa e bonita que o Mulder e com um guarda roupa melhor que o da Scully para ser seu par romântico durante 1 episodio da temporada. Sempre alguém que,diferente da Scully, acreditava nas paradas esquisitas que ele diz e não ficava com cara de: você é maluco. E aí tinha o episódio onde a Scully pegava um divorciado muito gostoso e simpático mas que Mulder sacaneava. O que pode ser lido como ciúmes infantil de irmão mais velho ou de um cara que não aceita os proprios sentimentos.

E foi assim do começo ao fim. Ou quase isso. Um casal em que nenhuma das partes diz com todas as letras que está apaixonada. Mas que todos os fatos mostram o contrário, um otp que poderia ser estar no arquivo X do Internacional Bureau of Ships. Ou eu tô bem louca mesmo.

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uma fotinha do Quim para começar o post
Pois bem. É dificil começar esse assunto pois eu deixei de falar dele aqui no blog. Mas isso aqui ainda é um blog pessoal e no caso é o meu. Eu vou fazer um breve resumo sobre minha vida após final do ensino médio: cursinho-vestibular-tecnico-vestibular-estudar sozinha-vestibular. E agora eu passei num curso de ensino superior. Em uma faculdade que nunca pensei em prestar. Na minha cidade.

No caso eu só prestei o curso na minha cidade porque comprei o ingresso do dia 13 do lolla. E eu não tinha dinheiro para o valor da entrada inteira. O plano era entrar, cursar uns meses para garantir a carterinha de estudante até o dia do show e ai voltar a estudar para entrar no curso e na faculdade que eu desejo. Porém, agora, como meus dias da prova de segunda fase não foram os melhores - eu chorei em um dos dias durante a prova - e minha nota do enem - apesar de não ser lá tão diferente das notas dos outros anos - não fora suficiente para entrar nas federais aqui perto de casa, eu decidi que tentarei dar meu melhor nesse curso e ficar sempre com notas altas para tentar bolsas de estudo e intercâmbios e ser diferente do curso técnico.

Já que durante o meu curso técnico eu passei os 18 meses dele tratando um começo de depressão. Eu nunca estava completamente bem e boa parte dos semestres eu me esforçava muito para levantar e chegar no curso no horário certo. Os trabalhos eram complicados e eu nunca realmente conversei sobre meus problemas emocionais com algum professor. Mas só de estar dentro da escola e nas aulas eu sentia que estava fazendo algo e que a vida estava caminhando. Entretanto quando começava o final do semestre, a pressão acabava comigo e eu tinha uma luta para concluir os trabalhos e apresenta-los. Em várias matérias, eu chegava a fazer todo o processo mas não finalizava ou não apresentava. Em alguns, caso o dia estivesse bom, eu conseguia apresentar. Isso fez com que os professores não me levassem a sério e consequentemente não me ajudassem com vagas de emprego.

Então eu pretende ser uma boa aluna e fazer cursos por fora caso seja necessário. Pretendo me destacar e logo conseguir um estágio. Vai que a minha vida dá certo nisso. Não foi como eu planejei, não era o meu sonho mas é o que eu consegui.

Ano novo é uma ótima oportunidade para tentar tirar fotos belíssimas dos fogos. Acontece que eu moro no subúrbio de uma cidade de interior. Acontece que quase não teve fogos e acontece que eu usei a 18-55. Então esse foi o resultado.








Como eu tirei as fotos: 

Para tirar as fotos de fogos, nós temos que ignorar o fotometro e deixar a velocidade alta o bastante para congelar o movimento. Outra dica é usar um tripé mas essas fotos eu fiz com a camera na mão. Também colocar a camera para tirar várias fotos sequenciais ajuda, a minha por exemplo tira 3 mas tem como escolher manualmente para até uns 8.Assim você ganha mais chances de tirar aquela foto.

Então é isso. O único problema é que fotos de fogos são normalmente sazonais e só ocorrem no final do ano ou em festas grandes, como as de junho-julhos.

Beijos.

Não acredito que já faz um que as coisas mudaram. Demorou muito e não foi tão fácil se comparar com outras pessoas. Apesar de o mundo estar cada vez mais agressivo e tolo e sair de casa nesse momento parece tolice, mas cá estou. Está sendo dificil estar tão longe das pessoas que eu amo mas elas estão comigo, em um lugar que não tem problemas de esquecimento, dentro do meu coração.



Esse texto faz parte do desafio 642 sobre as quais escrever. Clique no menu para saber mais!

A proposta 87 diz: escreva um status de facebook o ano 2017

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