Eu preciso confessar: eu tenho a estranha mania de me apaixonar por gente que nem sabe que eu existo. Ou que sabe e não dá a minima. Não me leve a mal, por favor, eu sou asexual mas continuo caindo.
Não de gente conhecida. Ás vezes sim, mas é tudo tão platônico e chega a ser inocente como as coisas nunca vão acontecer. Mas é como se eu precisasse desse tipo de esperança que amar alguém tão distante causa. Não é real.
A pessoa por quem eu enamoro, não é real. É tudo da minha cabeça, talvez a pessoa real eu possa desprezar mas o encanto existe enquanto é uma estrela distante no céu.
Depois de meses passa. Fico de boas. E então me apaixono por outra pessoa estranha. Começa com uma pequena obsessão e logo eu sonho sobre passar um tempo junto com ela. Talvez se eu fosse alo-sexual eu me tocasse.
É nesse ciclo que a minha romântica acontece. Ou quase acontece. Eu estou quase salva e agradeço.