Fui conhecer onde muita gente acredita ser onde Pedro Alvarez Cabral pisou no Brasil e começou essa história. Um lugar lindo. Aprendi a ver tabua de maré para poder aproveitar o mar.  Aprendi que Ricos estão tentando tirar o acesso das pessoas as praias com seus condomínios e seus hotéis a beira mar. (construções que eu acho burra já que com as mudanças climáticas tudo pode virar mar quando menos esperar). Para isso tem vans que atravessam vielas onde só passam 1 carro. 









































 Eu ainda existo...

Muitas coisas aconteceram desde a ultima postagem. Não sei se há alguém aqui. Eu perdi meu avô, minha avó desenvolveu Alzheimer. Nós sobrevivemos a uma pandemia. Eu mudei de carreira. Eu abandonei a fotografia. Eu terminei a faculdade que havia começado.

Eu fiz 30 anos. Eu trabalhei até me esgotar pois eu estava em luto. Eu me perdi. Eu estou tentando me encontrar. Perder meu avô foi um alivio para ele e eu me perdi um pouco. 

Estou tentando redescobrir coisas que eu gosto. Porém outras tive a certeza. Os seus que há 8 anos não se realizaram como eu imaginei. Eu engordei. Agora eu tenho uma investigação em curso sobre ter TDA ou autismo ou depressão recorrente ou não lembro mais o que o médico escreveu.

Eu engordei. Eu aprendi a costurar. Eu tentei começar uma marca de roupas mas nunca foi para a via de fatos. Muitos sentimentos passaram por mim e eu não me lembro mais deles. A internet descobriu os vídeos curtos com o tiktok, adoro tiktoks sobre fofocas, costura, as novelas que eu gosto...

Muitas coisas aconteceram e eu só contei para minhas amigas. Muitos sentimentos eu só consegui expressar dentro do consultório ou escrevendo um caderno. Coisas que não aconteceram as vezes me assombram. Quando eu vejo o dia já acabou. A energia que eu tinha já foi. Pessoas estão casando, tendo filhos, meus pais envelheceram. Eu envelheci apesar de acharam que eu ainda tenho 22 anos. As vezes eu queria ter 22 anos ainda. Eu vou juntando todas as coisas que não foram e as vezes fico com a sensação que deveria esquecer todos os sonhos que não foram, todos os beijos que não deram certo, todos os romances que só foram um cumprimento constrangedor. Todo o dinheiro perdido, todo dinheiro bem aproveitado, todos as traições ou os sentimentos de ser traída que eu senti e enterrar eles numa cova sem nome.

Só que eu estou viva. As vezes a sombra volta em mim e os dias são difíceis. As vezes o dia são fácies. Uma gatinha me adotou fazem quase 2 anos e agora mora em casa. Nesse mês eu conheci Arraial D Ajuda. Eu tenho passaporte mas nesses 8 anos não fiz dinheiro suficiente para conhecer o mundo.


A vida ela não para, mesmo quando o nosso mundo parece ter parado. O mundo amanhece, gira, os pássaros cantam e nós continuamos vivos apesar de sentir que tudo parou.

Minha avó em 2022



Sumi durante todo mês pois estava focada ( e estressada) com a faculdade.

O mês de junho foi um mês assustador que eu tinha entrega ou prova toda semana. Uma coisa que é chata e boa ao mesmo tempo, é que na minha faculdade eu só tenho trabalho acadêmico. Não são projetos - coisa que eu sinto muita falta de realizar - mas cansam do mesmo jeito e normas ABNT e configurar o word sempre me dão dor de cabeça. Mas comparado a projetos são menos frustantes no final.

Na apresentação e entrega mais esperada eu chorei depois da avaliação da professora chamar todo o meu grupo de preguiçoso. Muita gente disse que ela não estava falando especificamente de mim, mas que ela acabou comigo e com a confiança das minhas amigas de grupo, ela acabou sim. Tudo isso porque ela e uma outra integrante do grupo, que me deu umas dores de cabeça, não se davam bem, ela resolveu que seria mais cruel com o nosso grupo comparado ao resto. Justo? Não.

Minhas médias ficaram... na média. Eu acho. Para um curso que eu nem esperava fazer é bom, né?

Meu problema agora é: melhor minha escrita, pois aparentemente eu não sei fazer uma introdução e a conclusão. Eu nenhum dos meus professores, até agora, passaram como fazer uma introdução de trabalho acadêmico, apesar de eu ter uma vaga ideia do é esperado. As vezes esse curso me faz usar mais a minha dedução para algumas coisas que eu não acho que deveria ser dedutivo.

E eu preciso muito arrumar um estágio, não só pelo dinheiro, mas para ver se eu gosto da área. Como é têxtil e moda, eu posso tanto ir para a industria têxtil quanto para a de moda. Gostaria muito de trabalhar com pesquisa de tendencias, coolhunting (a profissão dos sonhos atualmente) ou até com fabricação de tecidos mas eu só saberei tentando.

Claro que meu sonho é ser fotografa de moda, mas as vezes parece tão distante, tão só um sonho. Eu nem sei por onde começar, as vezes penso que eu só sirvo para fotografia de rua ( que eu amo alias) e tirar umas fotinhas dos migues e da familia.

Também preciso de dinheiro para visitar meus amigos de outras cidades, nem que seja só por 2 dias mesmo. E melhorar a minha aparência, já que no mercado de trabalho ( como detesto isso), sua aparência conta muito.

Gostaria muito de ter feito várias leituras durante esse primeiro semestre, mas o máximo que eu cheguei foram 5 leituras, contando com Hq's e um livro para a faculdade. Queria de ter lido 4 livros por mês mas acho que foi só 1 mesmo. Entretanto em  julho estou focada em fazer leitura do máximo de livros que eu conseguir.

É isso. Foi isso. É.

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Bem, eu tentei fazer um desenho de moda e acho que essa é a primeira tentativa em anos. Muitos anos. Nunca fui de desenhar ou tentar desenhar roupas.

Acho que está até que bonzinho para um rascunho de alguém sem habilidade e paciência ( um dos males do nosso tempo).

Bem, espero que um dia eu compartilhe algo mais decente com vocês. Até mais.

É o que eu sou. É o que eu tento não ser, e aí falho miseravelmente e sou. Ser mediano é nunca chamar atenção. É não ter aquela luz que ilumina a trai à todos mas também é capaz de ter amigos. Mediano é o comum. É o alelo x em todos os seres humanos. E é chato. Eu não sou uma pessoa marcante. As pessoas vivem a esquecer meu nome, vivem a não lembrar meu rosto e perguntar: você sempre esteve aqui? E na situação seguinte repetir a pergunta.

Mas eu sou ambiciosa. Tenho ascendente em leão. Eu, apesar de não saber lidar com eles, desejo os holofotes. Desejo o destaque e o reconhecimento por alguma coisa em que eu sou boa. E isso me aborrece. E este é o jeito que eu levo a minha vida desde sempre...
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A faculdade está cansativa. Não tenho aulas favoritas, tenho aulas que eu suporto mais que outras. A faculdade não parece suprir e me inspirar. Não há projetos, há uma tentativa de academia. E bem, eu não gosto tanto da academia assim. Acho que o grande problema consiste no idealismo da faculdade sobre seus alunos versos o idealismo dos alunos sobre o que eles querem da vida. E aí que a faculdade espera formar profissionais e também alguns pesquisadores. E os alunos querem ser a)ricos; b)ter uma profissão glamourosa c) terminar o curso. E as vezes nada disso se cruza.

Eu me sinto cansada demais para realizar projetos não ligados a faculdade. Tem tanto trabalho e é as aulas são tão cansativas, que na sexta feira eu estou estressada, achando que vou morrer. Então eu sou mediana e tento cumprir as tarefas propostas pelos professores. Depois saio correndo para pegar meu ônibus.

Também não tenho forças para discutir com professores ou simplesmente questionar alguma nota. Está na média, está ótimo. Não vou conseguir o programa de intercambio, mas termino a faculdade no tempo esperado.

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Outro dia minha amiga veio com uns papos sobre um ex dela que ela reencontrou e que ela sente que ainda rola algo entre eles. E que ele parecia querer mandar indireta para ela postando músicas antigas que tinham a ver com eles. Aí ela perguntou aquela velha história sobre músicas ligadas a pessoas. E eu respondi que era uma péssima ideia ligar ex namoradxs com músicas boas. Mas ela insistiu e eu acabei falando que não tinha nada que lembrava o ultimo garoto por que eu senti algo além das velhas e boas músicas de coração partido que toca em rádios depois da meia noite.

Mas eu comecei a pensar sobre esse fato. E sobre o fato que eu estranhamente um pouco obcecada com o rob, o guitarrista da Florence + The machine. E por acaso, tentando deletar o email de várias pessoas da conta gmail que eu tinha por causa do orkut ( saudades),eu vi a foto daquele garoto. E ele e rob tem algumas semelhanças físicas apesar do rob ser muito mais muito superior ( e não deve ser evagélico, homofóbico e mais inseguro que eu) que toca junto com a Florence. E o garoto só tocava sua guitarra nas fotos do orkut mesmo.

Bem, tudo isso para eu chegar a conclusão que a a gente acaba gostando de coisas que a gente já gostou um dia. Tipo aquelas pessoas que sempre arranjam namorados que parecem clones. Ou como as pessoas acabam tendo mais facilmente relacionamentos duradouras quando as famílias de ambos são parecidas. Sabe?


Eu sempre fui uma menina magricela. Muito magricela. Até que como que com mágica minhas coxas engordaram para a surpresa da minha mãe e de toda a família. E eu acabei não gostando do que hormônios haviam feito com meu corpo por um bom tempo. A altura muito acima da média eu já não tinha o que fazer do que aceitar e enfrentar as outras meninas sobre eu não ter culpa delas serem baixas. Mas aquelas coxas...

O tempo passou e eu fiquei vestindo o numero 40 por muitos anos. Muitos anos mesmo: tenho calças de 2009 que até o ano passado ficavam até larguinhas. Mas apesar disso, eu ainda estou dentro dessa sociedade, ainda vejo tv, revistas, propagandas em todos lugares. Eu ainda me olho no espelho e penso "eu poderia emagrecer um pouco". Eu realmente tendo a abandonar essas ideias rapidamente já que sou uma preguiçosa e prática ( acredito que praticidade, conforto e preguiça são melhores amigas) e porque somente minha mãe pega um pouco no meu pé.

Mas cá estou eu pensando como estou gorda, desde que o 42 está apertado demais. Me sentindo um pouco mais horrível quanto a minha aparência. Achando que só ficaria bonita em tal roupa se eu emagrecesse. É horrível. E eu, que já tentei ser militante feminista, que prego ideias de ame seu corpo, não consigo me livrar disso.

Estar cursando um curso que tem moda também não ajuda. Qualquer aula, apesar de serem somente 2 ou 3 na grade, de moda logo fala sobre ser magra. Logo elogia tal pessoa magricela. Um dos elogios, que eu faço mais como comentário impressionado, é de uma mina da sala super magra mesmo depois de ter uma filhinha a menos de 2/3 anos atrás. Ou como a cintura de tal menina é super fina e isso é maravilhoso. Mas há uma certa educação e sororidade em não comentar se tal menina é gorda, ou acima do peso, ou se tem algum defeito. É claro que nos detalhes percebemos tudo no não dizer.

No final, não tem como escapar dessas coisas completamente. Num momento de baixa guarda, o pensamento aparece, um comentário não é ignorado e estou mau.